quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Recessão de 2015 Custará ao Brasil Cerca de R$ 240 Bilhões

Este é o resultado
pelos bens que não foram produzidos
e serviços que não foram prestados.




Durante 2015, o Brasil deixou de produzir bens agrícolas e industriais e de prestar serviços suficientes para manter a situação econômica pelo menos num nível que já não era satisfatório. O resultado está aí: a previsão de que a resseção econômica custará ao país cerca de R$ 240 bilhões. Tudo porque o índice de desemprego foi muito alto e foi um dos motivos para que uma grande quantidade de máquinas, calçados, carros, roupas, calçados, etc. - o mínimo necessário para evitar que a situação se agravasse - deixasse de ser produzida. Pelas mesmas razões, o mínimo necessário de prestação de serviços não ocorrer.
Por falar em prestação de serviços, muita gente fala sobre isto mas não sabe exatamente o que é. Aqui vai uma explicação que acredito que ajuda um pouco a entender melhor:
Numa prestação de serviços - ou em serviços prestados - a pessoa (física ou jurídica) que cria um trabalho, que nem sempre é quem os executa, é quem tem os direitos legais como autora do trabalho. No caso de serviços de telefonia, por exemplo, o funcionário realiza trabalhos de reparos numa linha telefônica mas, mesmo que a ideia para o sucesso do trabalho tenha sido dele, a autora legal da execução é a empresa para a qual ele trabalha - ou seja, a companhia telefônica, que é uma pessoa jurídica. 
No caso de uma pessoa física, suponha o trabalho planejado e executado por um mecânico de automóveis: se ele trabalha por conta própria, é legalmente o autor do próprio trabalho. Porém, se ele é funcionário de uma oficina, os direitos como autor são da oficina como pessoa jurídica.
Na prática, isto quer dizer que, se o empregado, mesmo sendo de fato o idealizador, realiza o trabalho, o empregador é que é considerado o autor legal. Ao mesmo tempo, há situações em que o criador real é publicamente reconhecido pela empresa como merecedor dos créditos pelo trabalho sem que isto afete as condições legais do empregado e do empregador. A Wikipédia cita um caso destes informando que a Microsoft empregou muitos programadores ao desenvolver o sistema operacional Windows, mas os créditos foram dirigidos somente à Microsoft, e que no caso da Adobe System, ocorreu o contrário ao desenvolver o software Photoshop: a Adobe apresentou uma listagem de créditos relacionando-os aos desenvolvedores, citando-os nessa listagem. Em ambos os casos, os softwares são propriedades das empresas. Voltemos, agora, ao caso da situação econômica brasileira.
Coisas consideradas como supérfluas ou não necessárias também causam desemprego por deixarem de ser feitas. Devido ao agravamento da situação econômica, muita gente cancelou planos de saúde, deixou de ir a consultas médicas, deixou de ir aos salões de beleza e de fazer trocas bancárias. Isto representou menos investimentos e, como consequência, mais desemprego. Pequenas coisas como estas, que são cortes necessários nos gastos para muitas famílias, causam grandes danos a outras pessoas. Uma dessas consequências foi o nível de desemprego, que atingiu 7,5% de janeiro a novembro - índice superior ao do ano passado, que ficou em 4,8%.
Segundo a Folha.com, o cálculo foi feita pela economista-chefe da XP Investimentos, Zeina Latif, baseado na média prevista hoje (23 de dezembro) pelos analistas de mercado, de uma queda de 3,7% no PIB (Produto Interno Bruto) nacional. Também o Banco Central também projeta uma queda de 1,9% para o PIB de 2016. No Relatório Trimestral de Inflação, divulgado hoje, o BC também revisou a queda em 2015, de 2,7% para 3,7%, e as projeções de inflação foram ampliadas. As previsões para o PIB estão mais otimistas do que as de muitos economistas, mas ainda assim são quedas. 

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