a inflação está relacionada
ao
aumento de preços
de
produtos e serviços.
Porém a inflação
é muito mais do que isto.
Para explicar de maneira mais simples o que é uma inflação, tomarei como exemplo aquelas coisas popularmente conhecidas como "bexigas", "bolas de soprar", "balões de soprar" ou "balões de borracha, muito utilizadas em festas de aniversários de crianças. Essas bexigas também são conhecidas como "balões infláveis". São infláveis porque quanto mais ar sopramos para dentro delas, mais elas se dilatam. Ou seja, elas são infladas.
"Inflar" significa dilatar algo através do crescimento do volume de algo. Os balões de borracha são inflados através do ar que as pessoas sopram para dentro deles. Quando o volume de ar soprado é excessivo, eles estouram. Quando se fala em inflação no Brasil, por exemplo, é como se a economia do país fosse o balão e o dinheiro em circulação fosse o ar soprado para dentro dele. Portanto, "inflação" não é apenas aumento de preços de produtos e serviços. É a queda do valor de mercado ou do poder de compra.
"Valor de mercado" é o valor que um determinado produto ou serviço atinge no mercado baseando-se na concorrência e na lei de oferta e procura. O poder de compra, também chamado de "poder aquisitivo", é o nível de condição financeira que uma pessoa ou um grupo de pessoas (uma família, por exemplo) tem para comprar um produto ou pagar por um serviço. Em outras palavras: o poder de compra é baseado em quanto dinheiro uma pessoa ou uma família ganha, tem guardado e pode gastar. Ou seja: o poder de compra é a renda de uma pessoa ou de um grupo (que neste exemplo é a família, mas pode ser uma empresa, uma instituição social, etc.).
Existem a inflação, a deflação e a desinflação. A deflação é o oposto da inflação. É a redução do índice de preços com persistência num período de vários meses, aplicada a produtos em geral. Geralmente á deflação decorre da queda da procura de determinados serviços.
"Deflação" não é o mesmo que "desinflação". A desinflação não é o contrário da inflação, é a redução da velocidade em que o aumento de preços ocorre durante a inflação. Suponhamos por exemplo uma queda da inflação de 10% ao mês para 5% ao mês. Isto seria uma desinflação: embora num espaço de tempo maior do que antes, os preços continuam se elevando.
A deflação acontece quando a taxa de preços, calculada em porcentagem (%), se torna negativa (por exemplo, -5%, -10%, etc.). Quando isto acontece, as empresas são obrigadas a reduzir os preços de seus produtos e serviços oferecidos aos consumidores para aumentar o nível de vendas e correm o risco de falir por ter que arcar com prejuízos causados pelas vendas com preços abaixo do custo. Os preços caem porque há muita mercadoria à disposição no mercado e poucos consumidores para comprá-la. Portanto, mesmo que a empresa ofereça preços mais baixos, seu faturamento e seu lucro são reduzidos pela queda da demanda.
Para evitar os prejuízos que possam decorrer disto, a empresa tem que diminuir o ritmo de produção. Com isto, demite funcionários. Consequentemente, o índice de desemprego cresce. Os desempregados precisam sobreviver, mas não podem gastar além do limite de conta que eles ainda tiverem à sua própria disposição. Isto faz com que a oferta de serviços e os estoques cresçam, mas os produtos em excesso tem que ter seus preços bem reduzidos para favorecer a venda e a circulação de dinheiro no mercado. É claro que o consumidor pensará que é vantajosa a aquisição de produtos ou serviços por preços tão baixos, mas a situação se agrava, porque a moeda circula, mas ainda em níveis bem mais baixos do que o necessário. Essa "bola de neve" alimentada por problemas sobre problemas afeta a agricultura, as indústrias, as micro, pequenas, médias e grandes empresas e todos nós - inclusive você - porque abala as estruturas econômicas de toda a sociedade da qual fazemos parte.
A seguir: "O que é mercado de capitais"
A seguir: "O que é mercado de capitais"
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